O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) adiou nesta segunda-feira (20/11) a decisão sobre suposto crime eleitoral praticado pelo prefeito Daniel Santana (sem partido) e pela secretária municipal de Assistência Social Marinalva Broedel, envolvendo o governador reeleito Renato Casagrande (PSB).

Conforme comprovou o Ministério Público Eleitoral, Daniel e Marinalva pediram votos para o então candidato à reeleição a governador Renato Casagrande no segundo turno das Eleições de 2022, utilizando a prestação de serviços de trenzinho, pipoca, picolé e outros itens, cujo contrato com a Prefeitura de São Mateus tinha o valor de R$ 599 mil.

Na ocasião, o vereador Kácio Mendes, atual líder do prefeito na Câmara Municipal, também participou dos vídeos com pedidos de votos espalhados pela milícia digital (gabinete do ódio) nas redes sociais e grupos de WhatsApp.

O pedido de adiamento da decisão foi feito após as sustentações orais das defesas de Daniel e de Casagrande na sessão de julgamento, realizada no final da tarde desta segunda (20/11), pelo relator da representação da Procuradoria Regional Eleitoral no TRE, juiz federal Alceu Maurício Júnior. É pedida a condenação dos réus Daniel Santana, Marinalva Broedel e Renato Casagrande ao pagamento de multa pelo suposto crime eleitoral.

Os advogados do prefeito Daniel e do governador Casagrande pertencem ao mesmo escritório. Inclusive, são os mesmos que atuaram na defesa de Daniel da Açaí quando sofreu processo de impeachment na Câmara de São Mateus e acabou mantendo o mandato por 8 votos a 3.

Veja o trecho da sessão de julgamento do Pleno do TRE-ES com o caso envolvendo o prefeito Daniel da Açaí, a secretária Marinalva Broedel e o governador Renato Casagrande:

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